SPY-PHI: Perfusão tecidual em tempo real
A manutenção de uma perfusão sanguínea adequada é o pilar para o sucesso de inúmeros procedimentos cirúrgicos, especialmente em cirurgias reconstrutivas, oncológicas e gastrointestinais. A isquemia tecidual, resultante de uma perfusão inadequada, é uma das principais causas de complicações graves, como necrose de retalhos, deiscência de anastomoses, infecções e falha na reconstrução, levando a um aumento significativo da morbimortalidade, tempo de internação e custos hospitalares. SPY-PHI é um sistema portátil de imagem por fluorescência para cirurgia aberta, projetado para permitir a visualização do fluxo sanguíneo em vasos e a perfusão tecidual relacionada, bem como a visualização do sistema linfático. O SPY-PHI integra o software SPY-QP (Quantitative Perfusion), uma ferramenta de avaliação controlada pelo cirurgião que permite quantificar objetivamente a intensidade do sinal de fluorescência. O software fornece Valores Relativos (RV) em uma escala percentual (0-100%) ou através de Mapas de Cores.
O que é o SPY-QP?
O software SPY-QP (Quantitative Perfusion) é uma ferramenta de avaliação que leva o cirurgião da subjetividade a objetividade permitindo quantificar objetivamente a intensidade do sinal de fluorescência para medir a perfusão tecidual no ato cirúrgico. O software fornece Valores Relativos (RV) em uma escala percentual em comparação com uma área de referência definida pelo profissional (0-100%), mudando a avaliação da perfusão de uma análise qualitativa ("parece bom") para uma análise quantitativa e baseada em dados, sem a necessidade de pós-processamento, para guiar decisões como a demarcação de margens de ressecção.
Um estudo prospectivo publicado no PMC (PubMed Central) avaliou o uso do SPY-QP em reconstrução mamária e descobriu que valores relativos médios eram significativamente mais baixos em pacientes que desenvolveram necrose de pele (14.6%) em comparação com aquelas que não desenvolveram (24.4%). O estudo concluiu que "a tecnologia SPY-QP é altamente específica em valores baixos e pode guiar eficazmente os cirurgiões na ressecção de tecido isquêmico" (Naga HI, et al., 2025). Isso permite a criação de protocolos baseados em evidências e aumenta drasticamente a confiança na tomada de decisão sobre a viabilidade tecidual.